07 May 2019 22:50
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<h1>Toda Corporação Quer Possuir uma Sensacional História. Outras São Calúnia</h1>
<p>São Paulo - A fabricante de sorvetes paulistana Diletto é um fenômeno. Professores Concorrem A Bolsas Em Universidades Da Finlândia , em 2008, achar sorveterias artesanais de particularidade no Brasil era uma tarefa inglória. Hoje, há dezenas delas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. A pioneira Diletto fatura estimados 50 milhões de reais por ano e tem como sócio, desde 2012, o ricaço Jorge Paulo Lemann. Quota do sucesso se deve, claro, ao sorvete.</p>
<p>Seu fundador, o administrador Leandro Scabin, apostou em ingredientes nobres, como pistaches colhidos pela região do vulcão Etna, na Sicília, framboesas orgânicas da Patagônia, cacau do Togo. No entanto é inegável que a Diletto recebeu um perfeito impulso de uma história única. A inspiração para elaborar os picolés veio do avô de Leandro, o italiano Vittorio Scabin.</p>
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<li>1/sete (Getty Images)</li>
<li>Pretextos de Logística</li>
<li>Nice msg 23h40min de vinte e três de Novembro de 2008 (UTC)</li>
<li>7 de outubro - Aprovação da Wikimedia Brasil pela Wikimedia Foundation</li>
<li>Confira as datas dos processos seletivos das principais universidades paulistas</li>
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<p>Sorveteiro da região do Vêneto, Vittorio usava frutas frescas e neve nas receitas até que a Segunda Competição Mundial o forçou a procurar abrigo em São Paulo. Seu retrato e a imagem do automóvel que usava pra vender sorvete aparecem nas embalagens da Diletto e ajudaram a desenvolver a autenticidade da organização.</p>
<p>“La felicità è un gelato”, costumava falar o nonno Vittorio aos netos. É um golaço de marketing, contudo há apenas um mas: o nonno Vittorio nunca existiu. O avô de Leandro Scabin verdadeiramente veio do Vêneto, contudo se chamava Antonio e teria chegado ao estado duas décadas antes da Segunda Competição. Ufopa Divulga Edital Para Seleção De Candidatos Ao Mestrado Em Biodiversidade /p>
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<p>Nunca fabricou sorvetes. Antonio era paisagista e cuidava dos jardins das casas das famílias ricas de São Paulo. As fotos dele e do carrinho de sorvete impressas nas embalagens da Diletto são peças publicitárias. Leandro Scabin montou o protagonista com o sócio Fabio Meneghini, ex-diretor da agência de publicidade WMcCann, e com a ajuda do dono da agência, Washington Olivetto.</p>
<p>“A empresa não teria crescido tanto sem a história do avô e o conceito visual que construí­mos. Como eu convenceria o comprador a pagar 8 reais num picolé desconhecido? ”, diz Leandro Scabin. “Mas reconheço que posso ter ido longe demasiado na história.” Perguntado, ele anuncia que utiliza — mesmo — framboesas orgânicas da Patagônia, coco da Malásia, cacau do Togo e pistache vulcânico da Sicília. O “nonnogate” da Diletto é o retrato de um tipo de estratégia que extrapola os limites do marketing — e que está em plena moda no universo dos negócios.</p>
<p>Para dominar espaço, as empresas se preocupam ainda mais em descrever histórias que as diferenciem dos concorrentes — técnica conhecida como storytelling. É uma tendência mundial, motivada por uma mudança no posicionamento do cliente. Hoje, os compradores não querem apenas saber se o bife é delicioso — porém se o boi foi ou não engordado em áreas de queimada.</p>
<p>Se o cacau do chocolate beneficia menores agricultores. Se a castanha-de-caju é colhida por quilombolas. Se o suco é feito por adolescentes cansados da mesmice. Sob muitos aspectos, é uma alteração benéfica, que coloca em evidência organizações que não se preocupam apenas em lucrar. Sai Concurso Pra 950 Vagas No INSS O Dia muita gente percebeu que quem tem uma bacana história para mencionar acaba lucrando ainda mais. A companhia americana de bebidas Fiji Water, que extrai água mineral de uma cratera vulcânica no arquipélago de Fiji, no Pacífico, cobra o dobro da concorrência. Tua história, de fato, é matadora. A organização diz que ajuda a população local — financiando a construção de escolas e hospitais — e que a água, “única”, faz bem à saúde.</p>
<p>Ninguém se importa que a água seja transportada por dezenas de milhares de quilômetros, uma loucura do ponto de visão ambiental. Uma prova de que o storytelling colou. Contudo a tentação de dirigir-se um pouquinho além e simplesmente inventar uma história tem se provado vasto excessivo. Um caso extremo é a varejista americana Abercrombie & Fitch.</p>